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20.3.11

PROVA 16: O TESTEMUNHO DE DEUS SOBRE O LIVRO DE MÓRMON

            O Senhor Jesus Cristo testificou sobre a autenticidade do Livro de Mórmon e de sua importância em várias ocasiões, e ainda o faz por Seu Espírito Santo à milhares de pessoas. Não obstante, de maneira expressa temos registrado, em uma revelação recebida em março de 1830, quando o Senhor falava à Martins Harris que deveria vender sua propriedade para que o Livro pudesse ser impresso, o seguinte:
"Eu sou Jesus Cristo; vim pela vontade do Pai e cumpro sua vontade. (...) E também te ordeno que não te apegues a tua propriedade, mas ofereça-a liberalmente para impressão do Livro de Mórmon, que contém a verdade e a palavra de Deus - que é minha palavra aos gentios; que logo seja levado aos judeus, de quem os lamanitas são remanescentes, para que creiam no evangelho e não mais esperem que venha um Messias já vindo" (D&C 19:24, 26-27).
            O Senhor também disse noutra ocasião:     
"E o Livro de Mórmon e as santas escrituras são dadas por mim para vossa instrução; e o poder de me Espírito vivifica todas as coisas" (D&C 33:16).
            Não é apenas neste versículo que o Salvador presta testemunho. Como a voz de seus servos, os profetas, é a voz de Deus (D&C 1:38), sempre que um profeta antigo ou moderno presta testemunho do Livro de Mórmon é como se o próprio Deus falasse sobre a veracidade desse precioso livro. Portanto, quando Néfi (1 Néfi 1:3) e Mórmon (3 Néfi 5:18) falam que sabem que o registro que escrevem é verdadeiro, é como se o próprio Salvador o dissesse. O mesmo vale para Ezequiel e Isaías que falaram sobre essa "vara de Efraim" e "livro selado". Todos falaram em nome de Deus, sob a influência do Espírito Santo.

PROVA 15: NAOM

            Uma das evidências arqueológicas mais poderosas é a "de um lugar chamado Naom" (1 Néfi 16:34). Ismael, um dos patriarcas do grupo que saiu de Jerusalém 600 anos antes de Cristo, veio a falecer durante à Jornada para  Terra Prometida. Morrer fora da Terra Santa era uma tragédia para qualquer israelita. Entretanto, Leí e sua família não tinham como voltar à Jerusalém. Por isso enterraram Ismael num lugar chamado Naom. Interessante que Naom em hebraico significa "consolação" Esse nome até bem pouco tempo atrás soava esquisito, pois nenhum outro registro antigo o mencionava. Sobre isso o élder John K. Carmack, dos Setenta, disse:
"Como um dos integrantes de um grande grupo de missionários chamados antes que a convocação para a Guerra da Coréia desviasse nossos jovens para o serviço militar, participei de cerca de cinco dias de treinamento na Casa da Missão de Salt Lake, na Rua do Estado. Um de nossos instrutores foi Bryant S. Hinckley, líder proeminente e excelente professor. Ele pediu aos missionários lá reunidos que expusessem as razões que tinham para acreditar que o Livro de Mórmon era verdadeiro. Fiquei impressionado com a variedade de motivos apresentados.
Naquela ocasião, mencionei que além do testemunho do Espírito Santo, o número de nomes únicos que identificavam as pessoas, lugares, animais e coisas no Livro de Mórmon me haviam marcado. Cinqüenta anos depois ainda fico impressionado com esses nomes singulares.
Quando pesquisadores informaram ter descoberto pedras no sul do deserto da Arábia com o nome “Naom” inscrito nelas, fiquei atento. Essas inscrições parecem datar de 700 a.C. Lemos que Ismael foi enterrado num local chamado Naom. Naom era um dos nomes que me haviam marcado" ("Unidos em Amor e Testemunho", A Liahona, Julho de 2001, pg. 92).
            Como mencionado em há poucos anos, arqueólogos descobriram altares de pedras, onde se vêem inscritos os contornos do nome Naom que datam dos séculos VI ou VII a.C., época de Leí.
            A revista da Igreja noticiou em 2001:
"Um grupo de pesquisadores Santos dos Últimos Dias recentemente encontrou uma evidencia ligando um sítio no Iêmen, no extremo sudoeste da Península Arábica, com um nome relacionado à Jornada de Leí, registrada no Livro de Mórmon.
Warren Aston, Lynn Hilton e Gregory Witt localizaram um altar de pedra que os arqueólogos estimaram em 700 antes de Cristo. Este altar contém a inscrição "Naom", que é um lugar que existia antes do tempo de Leí."[1]

            As pesquisas avançaram a tal ponto que pesquisadores puderam precisar a rota de Leí. Um documentário muito interessante foi feito com especialistas (em 2005), chama-se Journey of Faith e esta disponível em português.


[1] Tradução Livre. Texto Original: “A group of Latter-day Saint researchers recently found evidence linking a site in Yemen, on the southwest corner of the Arabian peninsula, to a name associated with Lehi’s journey as recorded in the Book of Mormon.
Warren Aston, Lynn Hilton, and Gregory Witt located a stone altar that professional archaeologists dated to at least 700 B.C. This altar contains an inscription confirming ‘Nahom’ as an actual place that existed in the peninsula before the time of Lehi” (“News of the Church,” Ensign, Feb. 2001, 79).

PROVA 14: OS ÚLTIMOS MOMENTOS DA VIDA DE JOSEPH SMITH

            O Élder Jeffrey R. Holland, de maneira muito eloqüente exibiu uma evidência da autenticidade do Livro de Mórmon:
Gostaria de citar um testemunho dos “últimos dias”. Quando Joseph Smith e seu irmão Hyrum rumaram para Carthage, para enfrentar o que sabiam ser um martírio iminente, Hyrum leu estas palavras para consolar o coração do irmão: “Tu tens sido fiel; portanto (…) serás fortalecido até que te sentes no lugar que preparei nas mansões de meu Pai.
E agora eu, Morôni, despeço-me (…) até que nos encontremos perante
o tribunal de Cristo”. O que ele leu foram alguns versículos tirados do capítulo 12 de Éter, no Livro de Mórmon. Antes de fechar o livro, Hyrum dobrou o canto da página que havia lido, marcando-a como parte do testemunho eterno pelo qual aqueles dois irmãos iriam morrer. Tenho em mãos aquele livro, o mesmo exemplar que Hyrum leu,
com o mesmo canto de página dobrado ainda visível. Mais tarde, quando realmente presos na Cadeia de Carthage, Joseph, o Profeta, dirigiu-se aos guardas que o mantinham cativo e prestou um vigoroso testemunho da autenticidade divina do
Livro de Mórmon.
Pouco depois pistolas e balas tirariam a vida dessas duas testemunhas. Como um de mil elementos de meu próprio testemunho da divindade do Livro de Mórmon, apresento isto como mais uma prova de sua veracidade. Em suas — piores e últimas — horas de provação, pergunto a vocês se aqueles homens blasfemariam perante Deus, continuando a vincular sua vida, sua honra e sua própria busca de salvação eterna a um livro (e conseqüentemente a uma igreja e a um ministério) que eles tivessem criado ficticiamente do nada?
Desconsiderem o fato de que as esposas estavam prestes a tornarem-se viúvas e os filhos, órfãos. Desconsiderem o fato de que o pequeno grupo de seus seguidores
ainda ficaria “sem casa, sem lar e sem amigos” e que seus filhos deixariam “pegadas de sangue” ao longo de rios congelados e pradarias inexploradas.  Não faz mal que legiões
morram e outras legiões vivam declarando aos quatro cantos desta Terra que sabem que o Livro de Mórmon e a Igreja que o proclama são verdadeiros. Desconsiderem tudo isso e me digam se, na hora de sua morte, aqueles dois homens entrariam na
presença de seu Juiz Eterno citando um livro e encontrando consolo nesse livro que, a menos que fosse verdadeiramente a palavra de Deus, iria marcá-los como impostores e charlatães até o final dos tempos? Eles não fariam isso! Preferiram morrer a negar a origem divina e a veracidade eterna do Livro de Mórmon.
Há 179 anos esse livro vem sendo examinado e atacado, negado, esquadrinhado e criticado como talvez nenhum outro livro na história religiosa moderna — ou talvez como nenhum outro livro em toda a história religiosa — e ainda assim ele resiste." ("Segurança para Alma", A Liahona, Novembro de 2009, pg. 88).

PROVA 13: O DEPOIMENTO DAS TESTEMUNHAS ESPECIAIS DO LIVRO DE MÓRMON

            Joseph Smith foi escolhido por Deus para traduzir o Livro de Mórmon. Por isso apenas ele podia ter acesso as placas de ouro, onde estava o relato antigo. Entretanto, o Senhor permitiu que mais pessoas vissem e tocassem as placas. Isso, também, estava profetizado: 
"Portanto, no dia em que o livro for entregue ao homem de quem falei, o livro será escondido dos olhos do mundo para que ninguém o veja, exceto três testemunhas, além daquele a quem o livro será entregue; e vê-lo-ão pelo poder de Deus; e eles testificarão a veracidade do livro e das coisas que ele contém.
E ninguém mais o verá, senão uns poucos, de acordo com a vontade de Deus, para dar testemunho de suas palavras aos filhos dos homens, pois o Senhor Deus disse que as palavras dos fiéis falariam como se viessem dos mortos.
Portanto o Senhor Deus revelará as palavras do livro e, pela boca de tantas testemunhas quantas achar necessário estabelecerá a sua palavra; e ai do que rejeitar a palavra de Deus!" (2 Néfi 27:12-14)
            Aparentemente Morôni estava instruindo diretamente a Joseph Smith, muitos séculos antes dele aparecer como anjo ressurreto ao jovem, na seguinte escritura:
"E eis que poderás ter o privilégio de mostrar as placas àqueles que irão ajudar a trazer à luz esta obra.
E serão mostradas a três, pelo poder de Deus; portanto eles saberão com certeza que estas coisas são verdadeiras.
E, pela boca de três testemunhas, estas coisas serão estabelecidas; e o testemunho de três e esta obra, na qual será demonstrado o poder de Deus e também a sua palavra, da qual o Pai e o Filho e o Espírito Santo dão testemunho---e tudo isto se levantará como um testemunho contra o mundo no último dia" (Éter 5:2-4).
            Logo nas primeiras páginas do Livro de Mórmon lemos o Depoimento de Três Testemunhas, e depois o Depoimento de Oito Testemunhas. As três primeiras testemunhas são: Oliver Cowdery, David Whitmer e Martin Harris. Os três foram amigos próximos do Profeta na época da tradução. O que leva os céticos a duvidarem que seu testemunho seja autentico. Entretanto deve-se mencionar que os três se afastaram da Igreja e do Profeta nos anos posteriores, mas nunca negaram seu testemunho sobre o Livro de Mórmon. Explicarei mais detalhadamente esses fatos.
"Pouco depois de Joseph Smith ter traduzido os escritos de Néfi que mencionam a necessidade de testemunhas (Ver 2 Néfi 27:12-14; Éter 5), Martin Harris foi de Palmyra a Fayette para perguntar a respeito do andamento da tradução. Martin, Oliver Cowdery e David Whitmer pediram a Joseph que orasse e perguntasse ao Senhor se eles poderiam ser as testemunhas prometidas. Joseph consultou o Senhor e recebeu uma revelação na qual lhes foi dito que se exercessem fé e o fizessem “de todo o coração” teriam o privilégio de ver as placas sagradas, o peitoral, a espada de Labão, o Urim e o Tumim usados pelo irmão de Jarede e a Liahona — “os guias milagrosos que foram dados a Leí enquanto estava no deserto” (D&C 17:1). O Senhor declarou: “É por vossa fé que os vereis, sim, por aquela fé que possuíam os profetas da antigüidade”. (D&C 17:2) O Senhor também lhes disse que depois de verem esses objetos, teriam o dever de prestar testemunho dessas coisas ao mundo.
Assim que terminou a tradução, Joseph Smith enviou uma mensagem a seus pais em Manchester, pedindo-lhes que fossem até a casa da família Whitmer, em Fayette. Quando chegaram, acompanhados de Martin Harris, passaram uma noite agradável lendo o manuscrito. Na manhã seguinte, as futuras testemunhas e outras pessoas que estavam hospedadas com a família Whitmer reuniram-se para realizar os costumeiros serviços de adoração matinais, ler as escrituras, cantar hinos e orar. Lucy escreveu: “Joseph ergueu-se e aproximou-se de Martin Harris, com uma solenidade que ainda hoje me faz gelar o sangue nas veias; nessa ocasião, pelo que me lembro, ele disse: ‘Martin Harris, você deve humilhar-se perante Deus neste dia, para que receba o perdão de seus pecados. Se assim o fizer, é a vontade do Senhor que veja as placas, em companhia de Oliver Cowdery e David Whitmer’”.
Depois disso, os quatro homens retiraram-se para o bosque e procuraram receber a revelação prometida. Depois de duas tentativas frustradas, porém, Martin Harris sentiu que sua presença era a causa do fracasso em receber uma resposta. Afastou-se até certa distância do grupo e começou a orar sozinho. Os outros três nem bem haviam retomado suas orações, quando Morôni lhes apareceu com as placas nas mãos. Joseph relata: “Ele virou as folhas uma por uma, de modo que pudéssemos vê-las e distinguir os caracteres nelas gravados (...) Ouvimos uma voz proveniente da luz brilhante acima de nós, dizendo: ‘Estas placas foram reveladas e traduzidas pelo poder de Deus. Sua tradução está correta, e ordeno-vos que testemunheis o que agora vistes e ouvistes.’ Deixei David e Oliver sozinhos e fui procurar Martin Harris. Encontrei-o
orando fervorosamente, a uma distância considerável de onde estávamos. Disse-me, entretanto, que ainda não havia recebido uma resposta do Senhor e pediu-me encarecidamente que orasse com ele, para que também alcançasse as mesmas bênçãos que acabáramos de receber.
Assim fizemos e por fim alcançamos nosso objetivo, pois antes de terminarmos a oração, a mesma visão abriu-se a nossos olhos, pelo menos para mim, e vi e ouvi as mesmas coisas; nesse instante, Martin Harris exclamou em alta voz, aparentemente em êxtase: ‘É o bastante; é o bastante; meus olhos viram; meus olhos viram’.
Quando Joseph voltou para a casa da família Whitmer, falou aos pais do alívio que sentira pelo fato de outras pessoas terem visto o anjo e as placas e por saber que essas pessoas dali por diante teriam o dever de prestar testemunho dessas coisas. Joseph disse: “Agora eles sabem por si mesmos que não estou enganando as pessoas. Sinto como se uma carga quase insuportável tivesse sido tirada de meus ombros. Minha alma está extremamente feliz, pois não estou mais sozinho no mundo”.  As três Testemunhas prestaram o seguinte depoimento de sua experiência: “(...) Nós, pela graça de Deus, o Pai, e de nosso Senhor Jesus Cristo, vimos as placas que contêm este registro (...). E sabemos também que foram traduzidas pelo dom e poder de Deus, porque assim nos foi declarado por sua voz; sabemos, portanto, com certeza, que a obra é verdadeira”.
Testificaram também que o anjo lhes mostrara os caracteres gravados nas placas. Seu testemunho foi incluído em todas as edições do Livro de Mórmon desde aquela época. Poucos dias depois, oito homens fiéis que apoiaram o Profeta durante a tradução foram escolhidos para serem testemunhas e verem as placas. Foram eles: o pai de Joseph Smith, Joseph Smith Sênior; os irmãos de Joseph, Hyrum e Samuel; quatro dos irmãos Whitmer, Christian, Jacob, Peter e John; e um cunhado dos Whitmer, Hiram Page. Joseph recebeu a permissão de mostrar-lhes as placas num local próximo da residência da família Smith, em Manchester, onde Joseph estava para fazer os acertos necessários para a publicação do livro. As Oito Testemunhas testificaram que manusearam e seguraram as placas e viram os caracteres gravados nas folhas. Seu testemunho também está incluído em todas as edições publicadas do Livro de Mórmon. Desse modo, de acordo com a lei divina das testemunhas, a veracidade do Livro de Mórmon foi mais uma vez confirmada e os habitantes da Terra serão considerados responsáveis pelas coisas nele contidas.
Todas as onze testemunhas especiais das placas do Livro de Mórmon serviram em importantes chamados eclesiásticos na Igreja restaurada. Cinco deles — Christian Whitmer, Peter Whitmer Jr. e os três da família Smith — serviram ativamente na Igreja até o dia de sua morte. Todas as Três Testemunhas — Martin Harris, Oliver Cowdery e David Whitmer — acabaram afastando-se da Igreja. John e Jacob Whitmer e Hiram Page, das Oito Testemunhas, também abandonaram a fé. Nenhum desses seis
homens, contudo, jamais negou seu testemunho, apesar de terem tido muitas oportunidades para fazê-lo. Todos confirmavam firmemente a veracidade de seu testemunho, sempre que isso lhes era perguntado. Oliver Cowdery e Martin Harris mais tarde voltaram para a Igreja e permaneceram ativos até o dia de sua morte." ("Testemunhas do Livro de Mórmon" História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pg. 59-61)
            O élder Dallin H. Oaks disse sobre as três testemunhas:
"As pessoas que não aceitam a possibilidade de existirem seres sobrenaturais rejeitam esse extraordinário testemunho, mas aqueles que são abertos para acreditar em experiências miraculosas acham-no persuasivo. O solene depoimento de três testemunhas, dado por escrito, a respeito do que viram e ouviram (duas delas simultaneamente, e a terceira quase imediatamente depois) merece séria consideração. Na verdade, muitas pessoas religiosas atestaram grandes milagres e os aceitaram tendo como base o depoimento de uma testemunha e, no mundo secular, o depoimento de uma testemunha é suficiente para que haja severos julgamentos e penalidades. As pessoas experientes em avaliar testemunhos normalmente levam em consideração a oportunidade que as testemunhas tiveram de observar um acontecimento e a possibilidade de estarem sendo parciais. Quando testemunhas diferentes prestam testemunho idêntico sobre um mesmo acontecimento, os céticos procuram provas de que elas estejam envolvidas em um conluio ou procuram outras testemunhas que as contradigam.
A despeito de todas essas possíveis objeções, o depoimento das três testemunhas do Livro de Mórmon representa uma grande força. Aqueles três homens tiveram todos os motivos e oportunidades de renunciar a seu testemunho se fosse falso, de equivocarem-se nos detalhes se algum deles não fosse muito preciso. É fato conhecido que, devido a desentendimentos e à inveja envolvendo outros líderes da Igreja, os três foram excomungados de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias cerca de oito anos depois da publicação de seu depoimento. Cada um seguiu seu caminho, sem nenhum interesse comum de manter um conluio. No final da vida, contudo, (sendo que viveram de doze a cinqüenta anos depois da excomunhão) nenhuma dessas testemunhas negou o depoimento que foi publicado ou disse qualquer coisa que desse margem a alguma dúvida em relação à sua veracidade.
Além disso, o testemunho delas não foi contestado por nenhuma outra testemunha. Podemos até rejeitá-lo, mas como explicar que três homens de bom caráter sustentassem juntos esse depoimento impresso até o fim da vida, enfrentando o ridículo e outros problemas pessoais? Como acontece com o próprio Livro de Mórmon, não há melhor explicação do que o próprio testemunho, a solene declaração de homens bons e honestos que contaram o que viram.
Interesso-me particularmente por Martin Harris (...)
Quando o Livro de Mórmon foi publicado, Martin Harris tinha quase 47 anos de idade e era mais de vinte anos mais velho do que Joseph Smith e as outras duas testemunhas. Era um homem próspero e respeitado na cidade de Palmyra, Nova York. Possuía uma fazenda de mais de 240 acres, grande para a época e o lugar. Era um honrado veterano de duas batalhas da Guerra de 1812. Seus concidadãos confiaram-lhe muitos cargos eletivos e responsabilidades da comunidade. Era amplamente respeitado por seu trabalho e integridade. Segundo seus contemporâneos, era "um fazendeiro diligente e trabalhador, sagaz ao tomar decisões nos negócios, frugal em seus hábitos" e "estritamente correto nos negócios". (Citado em Richard Lloyd Anderson, Investigating the Book of Mormon Witnesses, 1981, pp. 9697, 98.)
As três testemunhas decaíram, cada uma a seu modo e perderam a posição de grande influência e autoridade que tinham. Durante o ano de 1837, houve sérios conflitos espirituais e financeiros em Kirtland, Ohio. Martin Harris disse, mais tarde, que "perdera a confiança em Joseph Smith" e que "sua mente ficara obscurecida". (Citado em Anderson, Investigating the Book of Mormon Witnesses, p. 110.) Ele foi desobrigado do sumo conselho em setembro de 1837 e, três meses depois, foi excomungado.
Quando a maioria dos santos mudou-se (de Missouri para Nauvoo, e para o Oeste) Martin Harris permaneceu em Kirtland. Lá, foi rebatizado em 1842, por um missionário que visitava a cidade. Em 1856, Carolyn e seus quatro filhos empreenderam a longa viagem para Utah, porém Martin, na época com 73 anos, permaneceu em sua propriedade em Kirtland. Em 1860, disse a um recenseador que era um "pastor mórmon", uma evidência de sua contínua lealdade ao evangelho restaurado. Mais tarde, disse a um visitante: "Eu nunca realmente abandonei a Igreja; foi a Igreja que me abandonou", significando, é claro, que Brigham Young conduziu a Igreja para o Oeste, e o velho Martin ficou em Kirtland. (Citado em William H. Homer Jr., "Publish It Upon the Mountains: The Story of Martin Harris", Improvement Era, julho de 1955, p.
505.)
Durante parte dos últimos anos que passou em Kirtland, Martin Harris encarregou-se de cuidar do templo, de que tanto gostava e que estava abandonado, fazia também o papel de guia. Alguns visitantes contaram que ele se isolara dos líderes da Igreja em Utah, mas que reafirmava ardorosamente seu testemunho, que fora publicado no Livro de Mórmon. Finalmente, em 1870, o desejo de Martin de reunir-se à família em Utah resultou num caloroso convite de Brigham Young, uma passagem para sua viagem e a companhia oficial de um dos presidentes dos Setenta. Um repórter de Utah que entrevistou esse homem de 87 anos descreveu-o como "extraordinariamente vigoroso para a idade (...) e de excelente memória". (Deseret News, 31 de agosto de 1870) Ele foi rebatizado, uma prática comum naquela época, e falou duas vezes para congregações neste Tabernáculo. Não possuímos nenhum relato oficial do que ele disse, mas temos certeza de sua mensagem principal já que mais de 35 pessoas deixaram relatos semelhantes sobre o que ele dissera naquele período. Uma pessoa relatou que Martin disse o seguinte:
"Não é meramente uma questão de crença, trata-se de conhecimento. Eu vi as placas e as inscrições que elas continham. Eu vi o anjo, e ele mostrou-as a mim." (Citado em Anderson, Investigating the Book of Mormon Witnesses, p.116.)
Quando reinterou seu testemunho do Livro de Mórmon nos últimos dias de sua vida, Martin Harris declarou: "Falo a vocês dessas coisas para que possam contar aos outros que o que eu disse é verdade e não ouso negar; ouvi a voz de Deus, ordenando-me que testificasse esse fato." (Citado em Anderson, Investigating the Book of Mormon Witnesses, p.118.)" ("A Testemunha: Martin Harris", Conferência Geral, Abril de 1999).
            O presidente James E. Faust falou sobre David Whitmer ao compartilhar a seguinte experiência:
"Certo domingo, o irmão James H. Moyle contou-nos uma experiência muito marcante. Quando jovem, ele foi para a Universidade de Michigan estudar direito. Ao terminar o curso, seu pai lhe disse que David Whitmer, uma das testemunhas do Livro de Mórmon, ainda estava vivo. O pai sugeriu que o filho aproveitasse para conversar com David Whitmer, face a face, em sua viagem de volta para Salt Lake City. O propósito do irmão Moyle era perguntar a David Whitmer algo a respeito de seu testemunho sobre as placas de ouro e o Livro de Mórmon.
Durante a conversa que teve com David Whitmer, o irmão Moyle perguntou: "O senhor é um homem idoso, e eu sou jovem. Estive estudando a respeito das testemunhas e seu depoimento. Peço que me conte a verdade a respeito de seu depoimento como uma das testemunhas do Livro de Mórmon". David Whitmer disse ao rapaz: "Sim, eu segurei as placas de ouro em minhas mãos, e elas nos foram mostradas por um anjo. Meu testemunho a respeito do Livro de Mórmon é verdadeiro". David Whitmer não era mais membro da Igreja, mas jamais negou seu testemunho da visita do anjo, de ter segurado as placas ou da veracidade do Livro de Mórmon. Ao ouvir pessoalmente essa notável experiência, diretamente dos lábios do irmão Moyle, meu crescente testemunho foi fortalecido de modo vigoroso e confirmador. Depois de ouvir esse testemunho, senti que tinha uma grande responsabilidade sobre os ombros." ("Um Testemunho Crescente", Conferência Geral, outubro de 2000; A Liahona, Janeiro de 2001, pg. 69).
            O presidente Henry B. Eyring, na época membro do Quorum dos Doze disse:
"As Três Testemunhas jamais negaram seu testemunho sobre o Livro de Mórmon. Não podiam fazê-lo, porque sabiam que era verdadeiro. Fizeram sacrifícios e enfrentaram
dificuldades muito maiores do que a maioria das pessoas tem conhecimento. Oliver Cowdery prestou esse mesmo testemunho da origem divina do Livro de Mórmon, em seu leito de morte. Mas nos momentos de provação, eles vacilaram em sua crença de que Joseph ainda era o profeta de Deus e de que a única maneira de achegarem-se ao
Salvador era por meio de Sua Igreja restaurada. O fato de terem continuado a afirmar aquilo que tinham visto e ouvido naquela maravilhosa experiência, durante seu longo
período de afastamento da Igreja e de Joseph, torna seu testemunho ainda mais vigoroso." ("Um Testemunho Duradouro da Missão do Profeta Joseph", A Liahona, Novembro de 2003, pg. 90)
            As Testemunhas do Livro de Mórmon eram homens dos mais variados: alguns eram homens de avançada idade (como Joseph Smith Sênior, de 57 anos), outros eram jovens (como Peter Whitmer Junior, de 19 anos); tinham as mais variadas profissões (por exemplo: Hiram Page era médico, Hyrum Smith, fazendeiro e Oliver Cowdery, professor); alguns eram parentes e outros não. O que os qualificou para receber um testemunho especial, todavia, foi a fé e obediência aos mandamentos de Deus. Seu depoimento torna-se uma grande pedra de tropeço para os que não querem acreditar no Livro de Mórmon.

PROVA 12: A LENDA DO DEUS BRANCO, POR CIEZA

       Quase todas as tribos do Hemisfério Ocidental preservam tradições orais sobre a antiga aparição do Deus Branco. No atual Peru, por exemplo, há quatro versões muito interessantes a respeito do Deus Branco. Entretanto mencionarei apenas uma dessas lendas. Não obstante, as outras acrescentam em muito as evidências da autenticidade do Livro de Mórmon. Aqueles que desejarem poderão recorrer ao texto “Quatro Versões Peruanas da Lenda do Deus Branco”, publicado em A Liahona, Maio de 1984, a partir da página 38.
       Pedro Cieza de Leon era um simples soldado em 1548, quando foi enviado para combater uma revolta (que se transformou numa guerra civil entre os governadores espanhóis) no Peru. Ficou cerca de dois anos na terra recém-consquistada e pode observar as plantas, costumes dos nativos e a região inexplorada. Felizmente ele manteve um diário de suas considerações desde o inicio de suas viagens. Tais registros o fizeram escrever um livro sobre o Peru. No prefácio desse livro ele escreveu: “As coisas que escrevo aqui são verdadeiras, além de serem importantes e de grande beneficio, pois muitas vezes enquanto outros soldados dormiam, eu escrevia até altas horas da noite, caindo finalmente exausto.”
      No quinto capitulo dessa obra importantíssima Cieza registrou a lenda do Deus Branco:
“Antes de os incas governarem ou antes mesmo que se ouvisse falar destes nestes reinos , este índios falam de algo muito maior que todas as outras coisas que eles contam, pois afirmam que passaram por um longo período de tempo sem ver o sol, e, como sofriam tremendamente com a sua ausência, elevaram suplicas e orações aos que reverenciavam como deuses, pedindo que restaurassem a luz que haviam perdido; e desta maneira surgiu ali na ilha de Titicaca, que se encontra no grande lago Callao, o sol brilhando intensamente, tornando-os muito felizes. E, mais tarde, eles afirmam que dá terra do sol do meio-dia, lhes apareceu um grande homem branco, cujo o aspecto e aparência demonstravam grande autoridade e profundo respeito, esse homem tinha um poder tão supremo que aplainava as montanhas e transformava as planícies em altas colinas, fazendo fluir água dos seixos; e uma vez que reconheceram o seu poder superior, chamaram-no o criador de todas as coisas, o pai do sol, porque dizem que ele fez muitas grandes coisas, pois deu vida aos homens e animais, e de sua mãos receberam notáveis benefícios. De acordo com que os índios me contaram e de acordo com o que ouviram com seus pais e nas canções antigas, este homem dirigiu-se para o norte, realizando vários milagres em sua jornada através das montanhas, e nunca mais eles o viram novamente. Em muitos lugares eles afirmam que ele deu mandamentos aos homens sobre como viver, e que falava do amor e muita humildade, admoestando-os a serem bons e não causarem mal uns aos outros; pelo contrário, deviam amar-se mutuamente e ter caridade. Geralmente o chamam de Ticiviracocha, embora na província de Collao, o chamem de Tuapaca, e em outros locais seja conhecido como Arnauan[1]. Diversos templos foram construídos para ele em diferentes lugares, onde erigiam estatuas de pedra à sua semelhança, antes as quais ofereciam sacrifícios” (El Señorío de los Incas, capítulo cinco; mencionado em “Quatro Versões Peruanas da Lenda do Deus Branco”, A Liahona, Maio de 1984, pg. 38).
      O relato de Cieza quando equiparado ao Livro de 3 Néfi produz uma evidência poderosa à veracidade do Livro de Mórmon.
        Cieza diz que “antes de os incas governarem ou antes mesmo que se ouvisse falar destes nestes reinos” existia uma civilização que contemplou  “algo muito maior que todas as outras coisas”. Um evento entre os leítas é considerado extremante importante: “O acontecimento de maior relevância registrado no Livro de Mórmon é o ministério pessoal do Senhor Jesus Cristo entre os nefitas, logo após sua ressurreição” (Introdução do Livro de Mórmon).
        O profeta Alma previu a vinda de Cristo e disse: “Pois eis que eu vos digo que muitas coisas estão para vir; e eis que há uma coisa mais importante que todas as outras – pois eis que não está longe o tempo em que o Redentor viverá e estará no meio de seu povo” (Alma 7:7).
        Néfi, ancestral de Alma havia tido uma Visão pela qual soube que o Messias visitaria sua descendência nas Américas:
“E aconteceu que vi uma névoa de trevas sobre a face da terra da promissão; e vi relâmpagos e ouvi trovões e terremotos e toda espécie de ruídos tumultuosos; e vi que a terra e as rochas se fenderam; e vi montanhas desmoronando; e vi que as planícies da terra estavam rachadas e vi que muitas cidades afundaram; e vi que muitas foram queimadas pelo fogo e vi muitas que desmoronaram devido a terremotos. E aconteceu que depois de ver essas coisas, notei que o vapor de escuridão desaparecia da face da terra; e eis que vi multidões que não haviam caído por causa dos grandes e terríveis julgamentos do Senhor. E vi os céus abrirem-se e o Cordeiro de Deus descendo do céu; e desceu e mostrou-se a eles” (1 Néfi 12:4-6).
       O relato de Néfi menciona as descrições de Cieza de que os habitantes da America Antiga “passaram por um longo período de tempo sem ver o sol” e que entre os julgamentos do Senhor fizeram com que eles elevassem “suplicas e orações” aos deuses. Foi quando a escuridão se dissipou e uma poderosa luz raiou – o que fez o povo ficar “muito feliz”.
          Então vem a descrição do Senhor Jesus Cristo: “lhes apareceu um grande homem branco, cujo o aspecto e aparência demonstravam grande autoridade e profundo respeito, esse homem tinha um poder tão supremo que aplainava as montanhas e transformava as planícies em altas colinas, fazendo fluir água dos seixos; e uma vez que reconheceram o seu poder superior, chamaram-no o criador de todas as coisas, o pai do sol, porque dizem que ele fez muitas grandes coisas, pois deu vida aos homens e animais, e de sua mãos receberam notáveis benefícios”. Houve uma grande destruição nas Américas antes da aparição do Salvador (3 Néfi 8). Ele, o Deus Branco, destruiu muitas cidades e alterou a topografia, por causa da iniqüidade do povo (3 Néfi 9:1-12). Ele tem todo poder e autoridade, até mesmo sobre a morte (3 Néfi 27). O Livro de Mórmon fala de muitos milagres que Cristo realizou, inclusive um de restauração da vida mortal (3 Néfi  17, 23:9-14).
        Verdadeiramente os nefitas receberam “notáveis benefícios” ou nas palavras de Mórmon: “receberam muitos favores e muitas bênçãos foram derramadas sobre sua cabeça, de tal forma que, pouco depois de sua ascensão ao céu, Cristo verdadeiramente se manifestou a eles” (3 Néfi 10:18).
        “De acordo com que os índios me contaram e de acordo com o que ouviram com seus pais e nas canções antigas, este homem dirigiu-se para o norte, realizando vários milagres em sua jornada através das montanhas, e nunca mais eles o viram novamente.” O Livro de Mórmon diz que Cristo apareceu várias vezes entre os nefitas, mas depois de ter organizado sua Igreja foi realizar mais de sua obra e glória em outras terras (3 Néfi 17:4). Os “lados do norte” para os babilônicos eram a morada dos deuses. Embora os antigos habitantes das Américas não tivesse contato com a cultura babilônica, os nefitas haviam trazido os livros de Isaías (1 Néfi 19:23). Neste relato, a expressão “lados no norte” é mencionada como alusão ao desejo de Lúcifer de obter a posição de Deus (Isaías 14:13). Entretanto a menção do norte, pode apenas ser um acréscimo natural da perpetuação oral do acontecimento.
         Todavia, a riqueza de detalhes e paralelos com o Livro de Mórmon é impressionante. Jesus Cristo realmente “deu mandamentos aos homens sobre como viver, e que falava do amor e muita humildade, admoestando-os a serem bons e não causarem mal uns aos outros; pelo contrário, deviam amar-se mutuamente e ter caridade.”
         Além disso, Cieza diz que “diversos templos foram construídos para ele em diferentes lugares, onde erigiam estatuas de pedra à sua semelhança, antes as quais ofereciam sacrifícios.” Os Templos e os sacrifícios eram importantes componentes da cultura do Livro de Mórmon como várias passagens atestam[2].
        Alguns podem alegar que Joseph Smith teve acesso a essas lendas e relatos e por isso criou o Livro de Mórmon. Deve-se mencionar que o Livro de Mórmon foi traduzido num período muito curto, que o processo criativo de um livro de tal complexidade não poderia ser, obviamente, feito em tão pouco tempo por um rapaz quase sem estudo formal.
        Embora o primeiro livro de Cieza fora publicado em 1553, em Sevilha, Espanha, a sua última obra foi publicada apenas em 1880. E é na última obra que as lendas que mencionamos estão transcritas. O Livro de Mórmon já estava em circulação por cinco décadas. Não há qualquer indicio histórico que a rupestre Palmira tivesse livros em língua espanhola de Cieza, ou que Joseph Smith tivesse acesso a essas obras antes ou durante o processo de tradução do Livro de Mórmon. Ainda mais uma obra não publicada!


[1] Outras alternativas do nome são: Apu Qun Tiqsi Wiraqutra e Con-Tici (também escrito Kon-Tiki) e Viracocha.
[2] Templos: 2 Néfi 5:16, Jacó 1:17, Jacó 2:11, Mosias 1:18, Helamã 10:8, 3 Néfi 11:1 e 3 Néfi 24:1. Sacrifícios: 1 Néfi 7:22, Mosias 2:3  e 3 Néfi 9:19-20.

PROVA 11: UMA VOZ DO PÓ

            Em Isaías 29:1-4 encontramos uma profecia sobre a destruição de Jerusalém (Ariel). Ele também viu (no versículo 2) que outra ou outras cidades seriam destruídas "como Ariel". O Élder Le Grand Richards sugere que são cidades da semente de José. As pessoas dessas cidades seriam abatidas e falariam do chão. Sua fala "desde o pó [sairia] fraca." Mas sua voz seria como alguém que teria um espírito familiar, debaixo da terra, e sua fala assobiaria desde o pó. "É óbvio que a única maneira pela qual um povo morto poderia falar 'debaixo da terra', disse o Élder Richards, "seria pela palavra escrita, o que foi feito por esse povo por intermédio do Livro de Mórmon. Esse livro tem realmente um espírito familiar, pois contém as palavras dos profetas do Deus de Israel." ("O Livro de Mórmon cumpre profecias bíblicas", Uma Obra Maravilhosa e um Assombro, pg. 65-66).
            Néfi falou a respeito:
"Depois que os meus descendentes e os descendentes de meus irmãos houverem degenerado, caindo na incredulidade, e sido afligidos pelos gentios, sim, depois que o Senhor Deus os houver cercado com o seu arraial e sitiado com baluartes e levantado fortalezas contra eles; e depois de haverem sido lançados no pó até deixarem de existir, as palavras dos justos ainda serão escritas e as orações dos fiéis, ouvidas; e todos os que caíram na incredulidade não serão esquecidos.
Pois os que forem destruídos falar-lhes-ão da terra e sua fala será fraca desde o pó e a sua voz será como a de alguém que evoca espíritos; pois o Senhor Deus dar-lhe-á poder para sussurrar a respeito deles, como se fosse da terra; e sua fala sussurrará desde o pó.
Pois assim diz o Senhor Deus: Escreverão as coisas que serão feitas no meio deles e serão escritas e seladas num livro; e os que tiverem degenerado, caindo na incredulidade, não as terão, porque procuram destruir as coisas de Deus." (2 Néfi 26:15-17)

PROVA 10: OUTRO ANJO VOANDO PELO CÉU

            João, o Amado, teve uma visão sobre os eventos do mundo. Ele viu a Restauração do Evangelho nos últimos dias e o estabelecimento do reino de Deus. Como parte essencial dessa Restauração ele viu um anjo voando pelo meio do céu, que "tinha o evangelho eterno , para proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: "Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora de seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Apocalipse 14:6-7).
            Quem era esse anjo? O Presidente Gordon B. Hinckley citou parte de Apocalipse 14:6 e disse: “Esse anjo veio. Seu nome é Morôni. É dele a voz que fala do pó, trazendo outra testemunha da viva realidade do Senhor Jesus Cristo” (A Liahona, janeiro de 1996, p.77.) Seu objetivo é preparar o povo para a vinda do Senhor. (Ver D&C 133:17–19.)
            No contexto da visão de João, Morôni apareceu pela primeira vez ao Profeta Joseph Smith no início da época da colheita, no lugar onde Joseph morava e falou-lhe de um livro que, nas palavras do Presidente Ezra Taft Benson, viria a ser, “o instrumento determinado por Deus para ‘[varrer] a Terra, como um dilúvio, a fim de reunir [Seus] eleitos’” em preparação para a vinda do Senhor. (Moisés 7:62)(A Liahona, janeiro de 1989, p. 3).
            Uma objeção à essa explicação é suscitada por pessoas de pouco conhecimento bíblico ao usarem Gálatas 1:8 - onde o apóstolo Paulo fala que se um anjo do céu anunciar outro evangelho seja anátema (maldição). Se Paulo estivesse querendo dizer que não devíamos aceitar nenhum outro livro sagrado, com exceção da Bíblia talvez essa explicação seria válida e Morôni não seria o anjo voando pelo meio do céu. Todavia, a Bíblia não existia na época de Paulo. Ela só teve seus livros reunidos, como a conhecemos hoje, na Idade média. Paulo não falou da Bíblia, falou do Evangelho.
            O Livro de Mórmon prega o mesmo evangelho da Bíblia. Porém é mais claro, porque não teve que sobreviver à uma grande Apostasia, e ser traduzido, copiado e re-traduzido inúmeras vezes, perdendo substância preciosa (1 Néfi 13:20-42). Por causa da grande confusão da Apostasia Geral uma restauração se fez necessária. E João foi especifico em dizer que o anjo traria o evangelho eterno. Não haveria sentido para esse anjo trazer o evangelho se ele já estivesse disponível na Terra.   Insisto: pelo evangelho ter sido perdido havia imperiosa necessidade de uma restauração. E foi o que aconteceu, vários mensageiros celestes, começando por Morôni, trouxeram chaves, revelações, dons e graças  para que toda nação, tribo, língua e povo fosse abençoado nestes últimos dias.

PROVA 9: OUTRAS OVELHAS

            Uma passagem Em João 10:16 fala sobre o povo do Livro de Mórmon:
"Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor."
            Certo historiador da vida de Cristo disse que não podia encontrar qualquer justificativa para esta passagem das escrituras, porque não sabia da existência de outras ovelhas além daquelas em que Jesus ministrou na Palestina (citado em "O Livro de Mórmon cumpre profecias bíblicas", Uma Obra Maravilhosa e um Assombro, pg. 57).
            Esse historiador sabia bem que Jesus estava ensinando que Ele era o Pastor de almas (João 10:11). E que suas ovelhas eram a casa de Israel. Mas não podia ir além e descobrir quem eram as outras ovelhas, porque não leu o Livro de Mórmon, que explica isso.
            Alguns estudiosos supõem que as outras ovelhas que Jesus fala nestes versículo se referem aos gentios. Tal possibilidade não pode ser verdadeira, pois sabemos que o Senhor disse que fora enviado especificamente à Casa de Israel (Mateus 15:24). Estes, os gentios, amados por Deus, seriam ministrados através dos apóstolos e discípulos (como vemos em Atos 10), o que significa que a voz de Cristo não poderia ser ouvida pelos gentios.
           Os antigos habitantes das Américas, os leítas, eram descendentes (maioria) de José do Egito - e, conseqüentemente, eram membros da Casa de Israel. O Senhor ressurreto os visitou e ministrou pessoalmente entre eles. Nesta ocasião sagrada ele ensinou muito do que ensinará em Jerusalém, e acrescentou, por exemplo, o seguinte ensinamento:
"E então aconteceu que, depois de haver proferido essas palavras, Jesus disse aos doze que escolhera: Vós sois meus discípulos; e sois uma luz para este povo, que é um remanescente da casa de José. E eis que esta é a terra de vossa herança; e o Pai vo-la deu.
E jamais me deu o Pai mandamento de que eu o dissesse a vossos irmãos de Jerusalém. Nem jamais me deu o Pai mandamento de que eu lhes falasse a respeito das outras tribos da casa de Israel, que o Pai conduziu para fora daquela terra.
Somente isso me ordenou o Pai que lhes dissesse: Que tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também devo conduzir estas e elas ouvirão a minha voz e haverá um rebanho e um pastor.
E agora, por causa de sua obstinação e incredulidade, não compreenderam minha palavra; portanto o Pai ordenou-me que nada mais lhes dissesse a respeito disto.
Mas em verdade vos digo que o Pai me ordenou e eu vos digo que fostes separados deles em virtude de sua iniqüidade deles; portanto é por causa de sua iniqüidade que eles não sabem de vós.
E em verdade vos digo outra vez que as outras tribos foram deles separadas pelo Pai; e é por causa de sua iniqüidade que delas nada sabem.
E em verdade vos digo que sois aqueles de quem falei: Tenho também outras ovelhas que não são deste aprisco; também devo conduzir estas e elas ouvirão a minha voz e haverá um rebanho e um pastor.
E não me compreenderam, porque pensaram que eu me referia aos gentios; porque não compreenderam que os gentios seriam convertidos por meio de sua pregação.
E não me compreenderam quando eu disse que elas ouviriam minha voz; nem me compreenderam quando disse que os gentios jamais ouviriam minha voz - que a eles não me manifestaria, a não ser pelo Espírito Santo.
Mas eis que vós ouvistes minha voz e me vistes; e sois minhas ovelhas e sois contados com os que o Pai me deu." (3 Néfi 15:11-24).
            Além desse grandioso ensinamento, que mostra com clareza o amor do Senhor e quem eram "as outras ovelhas", vemos no próximo capítulo de 3 Néfi, que o Senhor visitaria ainda mais ovelhas além dos leítas e que no futuro realizaria a Coligação Final para que houvesse um único Pastor sobre toda a Terra (3 Néfi 16).

PROVA 8: NÃO HÁ LIMITES PARA LIVROS

            Na conclusão da investigação que fez sobre a vida "debaixo do sol", o Pregador (provavelmente Salomão) percebe que a vida de "vaidades de vaidades" não vale a pena quando comparada a vida à serviço de Deus. Ele disse:
"Procurou o pregador achar palavras agradáveis, e escreveu-as com retidão, palavras de verdade.
As palavras dos sábios são como aguilhões; e como pregos, bem fixados pelos mestres das assembléias, que nos foram dadas pelo único Pastor. Além disso, filho meu, atenta, não há limites para fazer livros; e o muito estudar é enfado da carne.
De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é todo o dever do homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau" (Eclesiastes 12:10-14).
            A frase "não há limites para se fazer livros" é significativa. A Bíblia que dispomos não contém todas as palavras de Deus. Ela foi reunida como se acha no início da Idade média. Alguns livros não forma acrescentados por mero capricho dos religiosos e líderes da época. A palavra Bíblia significa biblioteca ou conjunto de livros.
            Muitos dos livros que eram considerados escrituras para os israelitas foram extraviados, modificados e perdidos. Esses livros não se acham em nossa versão da Bíblia. Eis alguns:
1.            O Livro do Convênio (Êxodo 24:7)
2.            O Livro das guerras do Senhor (Números 21:14)
3.            O livro de Jasher (Josias 10:13, II Samuel 11:18)
4.            O livro dos atos de Salomão (I Reis 11:41)
5.            Samuel, o vidente (I Crônicas 29:29)
6.            Natã, o profeta (II Crônicas 9:29)
7.            Semaías, o profeta (II Crônicas 12:15)
8.            Ido, o profeta ((II Crônicas 13:22)
9.            Jéu (II Crônicas 20:34)
10.          O livro dos Videntes (II Crônicas 33:19)
11.          Enoque (Judas 1:14)
12.          Uma outra epístola aos Coríntios (I Coríntios 5:9)
13.          Uma outra epístola aos Efésios (Efésios 3:3)
14.          Uma epístola da Laodicéia (Colossenses 4:16)
15.          Uma outra epístola de Judas (Judas 1:3)
            Além disso, através da leitura do Livro de Mórmon aprendemos sobre outros profetas que deveriam ter suas palavras registradas na Bíblia. São eles: Zenoque, Neum, Zenos e Ezias (Jacó 5:1, Helamã 8:20). A primeira escritura - o Livro de Recordações de Adão (Moises 6:5) está atualmente perdido.
            Como Deus é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hebreus 13:8), e como tudo o que Jesus fez não poderia ser contido em muitos livros (João 21:25) não é lógico recusar um registro adicional de Deus.
            Na verdade cremos que ainda haverá mais revelações e livros sagrados no futuro (Regra de Fé 9). Tudo que esta encoberto, inclusive os livros que foram perdidos e são mantidos em oculto pelo Senhor, serão trazidos a luz (1 Néfi 13:39, 2 Néfi 29:12-14).
            Além disso o Senhor deu sua opinião sobre os livros Apócrifos que existiam na época de Joseph Smith:
            "EM verdade, assim vos diz o Senhor com referência aos Apócrifos: Há muitas coisas neles que são verdadeiras e estão, na maior parte, traduzidas corretamente.
         Há muitas coisas neles que não são verdadeiras, que são acréscimos feitos pelas mãos de homens.
        Em verdade vos digo que não é necessário que se traduzam os Apócrifos. Portanto, aquele que os ler que compreenda, pois o Espírito manifesta a verdade;
        E aquele que for iluminado pelo Espírito se beneficiará com eles; E aquele que não receber pelo Espírito não poderá ser beneficiado. Portanto não é necessário que sejam traduzidos. Amém" (D&C 91).
         A compreensão de que o Senhor não se restringe ao livro que hoje chamamos de Bíblia torna-se uma evidencia da autenticidade do Livro de Mórmon.

PROVA 7: UM LIVRO SELADO

            Em Isaías encontramos um capítulo inteiro falando da Restauração do Evangelho (capítulo 29). E como o Livro de Mórmon é parte vital da obra dos últimos dias não é de se admirar que Isaías conhecia o papel desse registro.
"Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, vedou os profetas; e os vossos principais videntes. Por isso toda a visão vos é como as palavras de um livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Ora lê isto, peço-te; e ele dirá: Não posso, porque está selado. Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não sei ler" (Isaías 29:10-12).
            Após a longa Apostasia, um livro seria trazido a luz. Néfi profetizou de maneira mais clara e completa o mesmo que Isaías:
"Pois eis que o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono. Porque eis que haveis fechado os olhos e haveis rejeitado os profetas; e ele vendou vossos chefes e os videntes por causa de vossa iniqüidade.
E acontecerá que o Senhor Deus vos revelará as palavras de um livro e serão as palavras dos que adormeceram.
E eis que o livro estará selado; e no livro haverá uma revelação de Deus, desde o princípio até o fim do mundo.
Portanto, por causa das coisas que estão seladas, as coisas que estão seladas não serão entregues no dia da iniqüidade e das abominações do povo. Portanto o livro não lhes será revelado.
O livro, porém, será entregue a um homem, e ele entregará as palavras do livro, que são as palavras dos que adormeceram no pó; e ele as entregará a um outro;
Mas não entregará as palavras que estão seladas nem entregará o livro. Porque o livro será selado pelo poder de Deus; e a revelação que foi selada será guardada no livro até o devido tempo do Senhor, para que sejam trazidas à luz; pois eis que elas revelam todas as coisas, desde a fundação do mundo até o seu fim.
E dia virá em que as palavras do livro, que estavam seladas, serão lidas nos telhados das casas; e serão lidas pelo poder de Cristo; e serão reveladas aos filhos dos homens todas as coisas que ocorreram aos filhos dos homens e que ocorrerão até o fim da terra.
Portanto, no dia em que o livro for entregue ao homem de quem falei, o livro será escondido dos olhos do mundo para que ninguém o veja, exceto três testemunhas, além daquele a quem o livro será entregue; e vê-lo-ão pelo poder de Deus; e eles testificarão a veracidade do livro e das coisas que ele contém.
E ninguém mais o verá, senão uns poucos, de acordo com a vontade de Deus, para dar testemunho de suas palavras aos filhos dos homens, pois o Senhor Deus disse que as palavras dos fiéis falariam como se viessem dos mortos.
Portanto o Senhor Deus revelará as palavras do livro e, pela boca de tantas testemunhas quantas achar necessário estabelecerá a sua palavra; e ai do que rejeitar a palavra de Deus!
Mas eis que acontecerá que o Senhor Deus dirá àquele a quem entregar o livro: Toma estas palavras que não estão seladas e entrega-as a um outro, para que ele as possa mostrar ao instruído, dizendo: Lê isto, suplico-te. E o instruído dirá: Traze-me o livro para que eu o leia.
E dirão isto por causa da glória do mundo e para obter lucro, e não para a glória de Deus.
E o homem dirá: Não posso trazer o livro, porque está selado.
O instruído então dirá: Não o posso ler.
Acontecerá portanto que o Senhor Deus tornará a entregar o livro e as suas palavras ao que não é instruído; e o homem que não é instruído dirá: Não sou instruído.
Então dir-lhe-á o Senhor Deus: Os instruídos não as lerão, porque as rejeitaram, e eu posso fazer minha própria obra; lerás portanto as palavras que te darei" (2 Néfi 27:5-20).
            Quando Joseph Smith começou a traduzir o livro de Mórmon, Martins Harris, um fazendeiro respeitado e preeminente cidadão de Palmyra conheceu Joseph e o trabalho de tradução. Ele ofereceu-se para ajudar.
"Conforme haviam acertado previamente, Martin Harris visitou Joseph em Harmony por volta de fevereiro de 1828. Nessa altura, o Senhor já havia preparado Martin para ajudar Joseph em sua missão. De acordo com seu próprio testemunho, Martin fora instruído pelo Senhor, em 1818, a não filiar-se a qualquer igreja até que as palavras de Isaías fossem cumpridas.
Algum tempo mais tarde, foi revelado a Martin que o Senhor tinha um trabalho para ele. Em 1827, várias experiências espirituais convenceram Martin Harris de que Joseph Smith era um profeta e que ele deveria ajudar Joseph a trazer à luz o Livro de Mórmon para a geração atual. Por esse motivo, Martin foi até Harmony para conseguir uma cópia de alguns dos caracteres das placas, no intuito de mostrá-las a vários lingüistas famosos da época, cumprindo a profecia de Isaías 29:11–12, para ajudar a convencer um mundo descrente.
Martin visitou pelo menos três consagrados lingüistas. Em Albany, Nova York, ele conversou com Luther Bradish, um viajado diplomata, político e estudioso das línguas. Na Cidade de Nova York, ele visitou o Dr. Samuel Mitchill, vice-presidente do Rutgers Medical College. Também visitou um homem que conhecia diversas línguas, inclusive o hebraico e o babilônico. Era o Professor Charles Anthon, da Faculdade Colúmbia, Nova York, talvez o mais qualificado dentre as pessoas entrevistadas por Martin para julgar os caracteres encontrados no documento. Anthon era um dos mais importantes eruditos nas línguas clássicas de sua época. Na ocasião em que Martin Harris o visitou, Charles Anthon era professor adjunto de grego e latim. Conhecia o francês, o alemão, o grego e o latim, e tinha conhecimento, a julgar pelos livros encontrados em sua biblioteca, das últimas descobertas referentes à língua egípcia, incluindo os primeiros trabalhos de Champollion.
De acordo com Martin Harris, o Professor Anthon examinou os caracteres e sua tradução e voluntariamente lhe entregou um certificado, declarando aos cidadãos de Palmyra que os escritos eram autênticos. Além disso, Anthon disse a Martin que os caracteres se pareciam com egípcio, caldeu, assírio ou árabe, e expressou sua opinião de que a tradução estava correta. Martin colocou o certificado no bolso e estava prestes a partir, quando Anthon o chamou de volta e perguntou-lhe como Joseph Smith havia encontrado as placas de ouro no monte. Martin explicou que um anjo de Deus revelou o local a Joseph, depois do que Charles Anthon pediu-lhe que devolvesse o certificado que ele lhe dera. “Ele tomou o certificado e rasgou-o em vários pedaços, dizendo que não existiam coisas como anjos ministradores e que se eu [Martin] lhe levasse as placas, ele as traduziria.
Informei-lhe que parte das placas estava selada, e que me era proibido levar-lhe as placas. Ele respondeu: ‘Não posso ler um livro selado’.”
        A viagem de Martin Harris foi importante por vários motivos. Em primeiro lugar, mostrou que os estudiosos demonstraram interesse pelos caracteres e estavam dispostos a considerá-los seriamente, até que um anjo entrasse na história. Em segundo lugar, essa foi, na opinião de Martin e Joseph, um cumprimento literal da profecia relacionada ao Livro de Mórmon. Em terceiro lugar, essa foi uma demonstração de que a tradução do registro exigia a ajuda de Deus; de que apenas o intelecto não seria suficiente. (Ver Isaías 29:11–12; 2 Néfi 27:15–20.) Por fim, isso fortaleceu a própria fé exercida por Martin. Ele voltou a Nova York confiante de ter evidência suficiente para convencer seus vizinhos do trabalho de Joseph Smith. Estava pronto para dedicar-se de coração e com todos os seus meios para ajudar a trazer à luz o Livro de Mórmon" ("Período de Preparação, 1823-1829", História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pg. 45-46).

PROVA 6: NAVIOS DE TÁRSIS

            Isaías falando sobre os últimos dias, especificamente sobre o Grande Dia do Senhor disse: "Pois o Senhor dos exércitos tem um dia contra todo soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido; contra todos os cedros do Líbano, altos e sublimes; e contra todos os carvalhos de Basã;  contra todos os montes altos, e contra todos os outeiros elevados; contra toda torre alta, e contra todo muro fortificado; e contra todos os navios de Társis, e contra toda a nau vistosa" (Isaías 2:12-16).
            Nessa passagem Isaías esta indicando a destruição dos orgulhosos quando o Senhor retornar.
            Néfi, Jacó e o Salvador repetiram grande partes das palavras de Isaías no Livro de Mórmon. Néfi considerava as palavras de Isaías claras e valiosas para serem aplicadas a vida, ele sabia que elas conduziam ao Salvador (1 Néfi 19:18, 23-24, 2 Néfi 25:1-4). Como ele só escreveu nas placas o que considerava sagrado (1 Néfi 6:4-6, 9; 19:6), citou o profeta Isaías e comentou as passagens para que seu povo e nós entendêssemos.
            Algo, porém, aconteceu indiretamente. O livro de Isaías que Néfi possuía era muito mais puro que o nosso, porque não havia passado por várias traduções, por centenas de anos, durante uma Grande Apostasia. Portanto, embora o livro de Isaías da Bíblia seja semelhante a suas palavras registradas no Livro de Mórmon, há diferenças.
            E uma dessas diferenças se torna uma poderosa evidencia para a autenticidade do Livro de Mórmon. Sidney B. Sperry, estudioso do evangelho, disse:
            "Em 2 Néfi 12:16 (Isaías 2:16), o Livro de Mórmon apresenta uma redação muito interessante. Começa com uma frase de [sete] palavras não existentes na versão hebraica. Como a Antiga Versão Septuaginta (Grega) concorda com a frase a mais no Livro de Mórmon, comparemos as redações - Livro de mórmon (LM) e Versão Septuaginta (VS) - como se segue:
LM. E todos os navios do mar,
VS. E todo navio do mar
LM. E todos os navios de Társis
VS. E contra todos os navios de Társis
LM. todos os cenários agradáveis
VS. E todos os cenários agradáveis
VS. E todo espetáculo de belos navios
(...)
"O Livro de Mórmon sugere que o texto original deste versículo continha três frases, começando com as mesmas palavras  "E todos". Por um acidente bastante comum, o texto original em hebraico perdeu a primeira frase que, no entanto, foi preservada pela Septuaginta. Esta perdeu a segunda frase e aparentemente corrompeu a terceira. O Livro de Mórmon preservou a três frases. Os eruditos poderiam alegar que Joseph Smith tirou a primeira da Septuaginta. Mas o profeta não sabia grego, nem há evidência alguma de que tenha tido acesso a uma cópia dela, quando traduziu o Livro de Mórmon, em 1829" (The Voice of Israel´s Prophets, pp. 90-91).