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20.3.11

PROVA 3: A DESCENDÊNCIA DE JOSÉ DO EGITO

                “José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto a uma fonte; seus raminhos se estendem sobre o muro. Os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e perseguiram, mas o seu arco permaneceu firme, e os seus braços foram fortalecidos pelas mãos do Poderoso de Jacó, o Pastor, o Rochedo de Israel, pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso, o qual te abençoara, com bênçãos dos céus em cima, com bênçãos do abismo que jaz embaixo, com bênçãos dos seios e da madre.”
“As bênçãos de teu pai excedem as bênçãos dos montes eternos, as coisas desejadas dos eternos outeiros; sejam elas sobre a cabeça de José, e sobre o alto da cabeça daquele que foi separado de seus irmãos” (Gênesis 49:22-26).
            Essa passagem faz parte da bênção patriarcal que Jacó deu a seu filho José. Antes de prosseguir devo lembrar ao leitor que o Senhor fez o convênio do Evangelho com Abraão. Este convênio foi repetido com Isaque e com Jacó (neto de Abraão). Deus mudou o nome de Jacó para Israel. A descendência dos filhos de Jacó é chamada de Casa de Israel. As doze tribos de Israel vêm daí. José teve dois filhos: Manassés e Efraim. Jacó os abençoou como seus filhos, pelo que foram contados entre os filhos de Israel. Quando falamos da tribo de José comumente estamos falando ou da descendência de Manassés ou da descendência de Efraim.
            A interpretação dessa passagem em Gênesis leva-nos a compreender uma profecia sobre os leítas e o estabelecimento deles nas Américas e por isso a passagem se torna uma das principais evidências da autenticidade do Livro de Mórmon.
            A descendência de José seria frutífera, semelhante a uma árvore perto de uma fonte de águas – iria crescer extraordinariamente. A frase “seus raminhos se estendem sobre o muro” é uma clara alusão de que a descendência de José iria viajar pelo oceano, considerado uma fronteira ou um muro intransponível na época.
            O élder Orson Pratt disse: “A benção peculiar dada a José, foi a de que ele desfrutaria de possessões muito maiores que as concedidas aos progenitores de Jacó, até a extremidade dos outeiros eternos. Isso parece indicar que ocupariam uma terra localizada muito longe da Palestina.” (Jornal of Discurses, volume 14, pg. 9)
            O Élder LeGrand Richards disse que os “outeiros eternos” mencionados em Gênesis 49:26 se referem às Américas. (Ver Conference Report, abril de 1967, p. 20.)
            Sobre a frase “os flecheiros lhe deram amargura, e o flecharam e perseguiram, mas o seu arco permaneceu firme, e os seus braços foram fortalecidos pelas mãos do Poderoso de Jacó” podemos dizer que é uma referencia ao passado do próprio José, que sofreu na sua juventude pela maldade de seus irmãos mais velhos. Mas também, que com o tradicional dualismo das profecias do Velho Testamento, a frase é um resumo da história da descendência de José, sendo constantemente afligida, e depois fortalecida pelo Poderoso de Jacó.
            Quando Israel diz a seu filho José “daquele que foi separado de seus irmãos” não esta apenas, mais uma vez, se referindo ao passado dele, quando José foi vendido como escravo, e, portanto, separado de sua família. Seiscentos anos antes de Cristo, Leí, um descendente de José (1 Néfi 5:14), seria separado das outras tribos indo, com sua família e outros, para as Américas.
            Leí compreendeu isso e antes de morrer e falou a seu filho mais novo: “Pois eis que tu és o fruto de meus lombos; e eu sou um descendente de José, que foi levado cativo para o Egito. E grandes foram os convênios que o Senhor fez com José. Portanto José verdadeiramente viu nossos dias. E obteve a promessa do Senhor de que do fruto de seus lombos o Senhor Deus levantaria um ramo justo para a casa de Israel; não o Messias, mas um ramo que seria arrancado e, não obstante, seria lembrado nos convênios do Senhor (...)” (2 Néfi 3:4-5).
            O profeta Zenos e o profeta Zenoque, que viveram na época do Antigo Testamento, antes de Leí, mas que não são mencionados em nossa Bíblia atual, devido à iniqüidade, falaram “particularmente” sobre os leítas (3 Néfi 10:16). Zenos em sua grandiosa “alegoria das oliveiras” fala sobre à Casa de Israel sendo dispersa pelo mundo. Um dos ramos da Oliveira foi plantando  numa excelente parte da vinha – numa terra “fértil” (Jacó 5:25). Entretanto a árvore produziu parcialmente frutos bons e parcialmente frutos maus – o que indica a separação dos leítas em dois ramos, um justo (os nefitas) e um iníquo (os lamanitas) (2 Néfi 5).
            Zenos também falou sobre a extinção do ramo justo (destruição dos nefitas), da dominação dos iníquos (lamanitas), da excelência das Américas, da tristeza do Senhor ao contemplar a apostasia e até da extinção dos Jareditas, para que os leítas fossem “plantados” nas Américas (Jacó 5:40-44).

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