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20.3.11

PROVA 7: UM LIVRO SELADO

            Em Isaías encontramos um capítulo inteiro falando da Restauração do Evangelho (capítulo 29). E como o Livro de Mórmon é parte vital da obra dos últimos dias não é de se admirar que Isaías conhecia o papel desse registro.
"Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono, e fechou os vossos olhos, vedou os profetas; e os vossos principais videntes. Por isso toda a visão vos é como as palavras de um livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Ora lê isto, peço-te; e ele dirá: Não posso, porque está selado. Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não sei ler" (Isaías 29:10-12).
            Após a longa Apostasia, um livro seria trazido a luz. Néfi profetizou de maneira mais clara e completa o mesmo que Isaías:
"Pois eis que o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono. Porque eis que haveis fechado os olhos e haveis rejeitado os profetas; e ele vendou vossos chefes e os videntes por causa de vossa iniqüidade.
E acontecerá que o Senhor Deus vos revelará as palavras de um livro e serão as palavras dos que adormeceram.
E eis que o livro estará selado; e no livro haverá uma revelação de Deus, desde o princípio até o fim do mundo.
Portanto, por causa das coisas que estão seladas, as coisas que estão seladas não serão entregues no dia da iniqüidade e das abominações do povo. Portanto o livro não lhes será revelado.
O livro, porém, será entregue a um homem, e ele entregará as palavras do livro, que são as palavras dos que adormeceram no pó; e ele as entregará a um outro;
Mas não entregará as palavras que estão seladas nem entregará o livro. Porque o livro será selado pelo poder de Deus; e a revelação que foi selada será guardada no livro até o devido tempo do Senhor, para que sejam trazidas à luz; pois eis que elas revelam todas as coisas, desde a fundação do mundo até o seu fim.
E dia virá em que as palavras do livro, que estavam seladas, serão lidas nos telhados das casas; e serão lidas pelo poder de Cristo; e serão reveladas aos filhos dos homens todas as coisas que ocorreram aos filhos dos homens e que ocorrerão até o fim da terra.
Portanto, no dia em que o livro for entregue ao homem de quem falei, o livro será escondido dos olhos do mundo para que ninguém o veja, exceto três testemunhas, além daquele a quem o livro será entregue; e vê-lo-ão pelo poder de Deus; e eles testificarão a veracidade do livro e das coisas que ele contém.
E ninguém mais o verá, senão uns poucos, de acordo com a vontade de Deus, para dar testemunho de suas palavras aos filhos dos homens, pois o Senhor Deus disse que as palavras dos fiéis falariam como se viessem dos mortos.
Portanto o Senhor Deus revelará as palavras do livro e, pela boca de tantas testemunhas quantas achar necessário estabelecerá a sua palavra; e ai do que rejeitar a palavra de Deus!
Mas eis que acontecerá que o Senhor Deus dirá àquele a quem entregar o livro: Toma estas palavras que não estão seladas e entrega-as a um outro, para que ele as possa mostrar ao instruído, dizendo: Lê isto, suplico-te. E o instruído dirá: Traze-me o livro para que eu o leia.
E dirão isto por causa da glória do mundo e para obter lucro, e não para a glória de Deus.
E o homem dirá: Não posso trazer o livro, porque está selado.
O instruído então dirá: Não o posso ler.
Acontecerá portanto que o Senhor Deus tornará a entregar o livro e as suas palavras ao que não é instruído; e o homem que não é instruído dirá: Não sou instruído.
Então dir-lhe-á o Senhor Deus: Os instruídos não as lerão, porque as rejeitaram, e eu posso fazer minha própria obra; lerás portanto as palavras que te darei" (2 Néfi 27:5-20).
            Quando Joseph Smith começou a traduzir o livro de Mórmon, Martins Harris, um fazendeiro respeitado e preeminente cidadão de Palmyra conheceu Joseph e o trabalho de tradução. Ele ofereceu-se para ajudar.
"Conforme haviam acertado previamente, Martin Harris visitou Joseph em Harmony por volta de fevereiro de 1828. Nessa altura, o Senhor já havia preparado Martin para ajudar Joseph em sua missão. De acordo com seu próprio testemunho, Martin fora instruído pelo Senhor, em 1818, a não filiar-se a qualquer igreja até que as palavras de Isaías fossem cumpridas.
Algum tempo mais tarde, foi revelado a Martin que o Senhor tinha um trabalho para ele. Em 1827, várias experiências espirituais convenceram Martin Harris de que Joseph Smith era um profeta e que ele deveria ajudar Joseph a trazer à luz o Livro de Mórmon para a geração atual. Por esse motivo, Martin foi até Harmony para conseguir uma cópia de alguns dos caracteres das placas, no intuito de mostrá-las a vários lingüistas famosos da época, cumprindo a profecia de Isaías 29:11–12, para ajudar a convencer um mundo descrente.
Martin visitou pelo menos três consagrados lingüistas. Em Albany, Nova York, ele conversou com Luther Bradish, um viajado diplomata, político e estudioso das línguas. Na Cidade de Nova York, ele visitou o Dr. Samuel Mitchill, vice-presidente do Rutgers Medical College. Também visitou um homem que conhecia diversas línguas, inclusive o hebraico e o babilônico. Era o Professor Charles Anthon, da Faculdade Colúmbia, Nova York, talvez o mais qualificado dentre as pessoas entrevistadas por Martin para julgar os caracteres encontrados no documento. Anthon era um dos mais importantes eruditos nas línguas clássicas de sua época. Na ocasião em que Martin Harris o visitou, Charles Anthon era professor adjunto de grego e latim. Conhecia o francês, o alemão, o grego e o latim, e tinha conhecimento, a julgar pelos livros encontrados em sua biblioteca, das últimas descobertas referentes à língua egípcia, incluindo os primeiros trabalhos de Champollion.
De acordo com Martin Harris, o Professor Anthon examinou os caracteres e sua tradução e voluntariamente lhe entregou um certificado, declarando aos cidadãos de Palmyra que os escritos eram autênticos. Além disso, Anthon disse a Martin que os caracteres se pareciam com egípcio, caldeu, assírio ou árabe, e expressou sua opinião de que a tradução estava correta. Martin colocou o certificado no bolso e estava prestes a partir, quando Anthon o chamou de volta e perguntou-lhe como Joseph Smith havia encontrado as placas de ouro no monte. Martin explicou que um anjo de Deus revelou o local a Joseph, depois do que Charles Anthon pediu-lhe que devolvesse o certificado que ele lhe dera. “Ele tomou o certificado e rasgou-o em vários pedaços, dizendo que não existiam coisas como anjos ministradores e que se eu [Martin] lhe levasse as placas, ele as traduziria.
Informei-lhe que parte das placas estava selada, e que me era proibido levar-lhe as placas. Ele respondeu: ‘Não posso ler um livro selado’.”
        A viagem de Martin Harris foi importante por vários motivos. Em primeiro lugar, mostrou que os estudiosos demonstraram interesse pelos caracteres e estavam dispostos a considerá-los seriamente, até que um anjo entrasse na história. Em segundo lugar, essa foi, na opinião de Martin e Joseph, um cumprimento literal da profecia relacionada ao Livro de Mórmon. Em terceiro lugar, essa foi uma demonstração de que a tradução do registro exigia a ajuda de Deus; de que apenas o intelecto não seria suficiente. (Ver Isaías 29:11–12; 2 Néfi 27:15–20.) Por fim, isso fortaleceu a própria fé exercida por Martin. Ele voltou a Nova York confiante de ter evidência suficiente para convencer seus vizinhos do trabalho de Joseph Smith. Estava pronto para dedicar-se de coração e com todos os seus meios para ajudar a trazer à luz o Livro de Mórmon" ("Período de Preparação, 1823-1829", História da Igreja na Plenitude dos Tempos, pg. 45-46).

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